21.12.07

só se vê

Não se guarda o olhar do outro,
não cabe em nenhuma caixa,
mas sempre se vê.
Estes dias eu ouvi falar de brilho
E apaguei

16.12.07

voltando atrás,

preferia ter esquecido...

15.12.07

tenho tendências pra enlouquecer

Percebo isto toda vez que num dia só fico radiante, triste, ansiosa, puta, irada, felicíssima, indiferente, de saco cheio, raivosa, brava, chata, pensativa, apaixonada, cansada, enfim... isto me assusta. deve assustar meu namorado também. E minha mãe, meu pai, irmã, amigos... Nossa, será que eu devia publicar mesmo isto aqui? (Ih... começou com os mimimis... já tá escrevendo publica logo!)
*
Eu realmente espero lembrar do meu sonho esta noite. muito, muito.

14.12.07

Lembrança de sonhos (ou retrospectiva)

Labirintos. Um monstro. Férias intermináveis. Um parquinho assombrado. Uma adolescencia inteira sem um só sonho marcante. Dar o primeiro beijo, ou uma onda gigante. Flores e ilhas e flores e ilhas e céus azuis. Nuvens desviando de balões em altíssima velocidade. Mais e mais aventuras. Passar no vestibular. Pára-quedas. O sequestro, um tiro, choro. A dor. Família. Mãe e pai quebrando como espelho. Ser gente grande, ter autonomia e firmeza nas decisões. O desencontro, um mar turbulento, tubarões. Viajar o país, cabo a rabo, de carro com a amiga. Uma cidade inteira varrida pelo mar, palha boiando e surfistas felizas. Sumir do país. Traições, muitas e mais traições. Um pântano cheio de cobras no meu jardim. Lágrimas de ácido. E as águas! quantas águas já lavaram meus lençóis, sonhos rio a dentro. Rios e cachoeiras, lagos e piscina. Mares inteiros tomando uma casa, engolindo prédios, banheiros. Pequenos banheiros pintados de azul. Filhos nascidos órfãos, abandono, pernas de pelúcia. Fúria: facas, espada, armas... enfim sangue. Casa pegando fogo, rodoviária, avião caindo. Passear de fusca com a família. Uma bomba, uma perda. Caminhos tortuosos. Aranhas e outros curiosos bichos inventados. Matar o trabalho e pensar na vida.

2.12.07

Porque eu resolvi virar caseira?

Sim, resolvi:
Quero ser caseira, se alguém conhecer algum dono de sítio ou casa na praia precisando de caseiro me avisa, eu quero!
Tô cansada de pensar, quero virar amélia, cuidar do jardim e fazer comida, isto é que é vida...
Juro que sou boa nisto, sei temperar e cuidar do terreno, sei cuidar dos cachorros, plantar e alimentar os peixes.
Também sei fazer faxina e sou econômica com os produtos de limpeza.
Sei dirigir e tenho carro, posso fazer compras sozinha.
sei usar o telefone, sei escrever... me contrata?

17.11.07

(loja de roupa masculina, eu, perdida:)

- tem cinto?

- Social? Preto?

- Isto!

- Não, tá em falta.

12.11.07

notas da viagem

Em João Carro

Cobertor de lã, mariposa

Vendaval do ventilador

besouro

9.11.07

de casamento marcado

"Moreninha linda, do meu bem querer,
é triste a saudade longe de você
o amor nasce sozinho, não é preciso plantar,
a paixão nasce do peito, falsidade no olhar
Ela nasceu para outro, e eu nasci pra ti amar"

Casamento marcado pra 12/6/2008, na festa de Santo Antônio da Dona Antônia, em Água Fria;
Bóra casá comigo?

22.10.07

No começo um plano...

E se eu separar por Estados?
E se eu separar por períodos?
Quando é que eu vou, e quem vai comigo?

14.10.07

apagando estrelas

andei apagando estrelas pela noite
pisei em sapos, enfiei o pé na lama
agora, as coisas não estão bem
sabemos que elas não vão ficar bem

8.10.07

Carinhosa

Vontade de te conhecer pra dizer:
toma este traste pra você
divirta-se, brinque com ele
como ele brinca comigo
faça-o gargalhar, e chorar de dor
dê a ele
dê esperança pra depois tirar
tire num domingo à tardezinha
espere fechar o tempo,
deixe-o chorar, chorar tanto que emagreça
Depois faça carinho, diga que se enganou
que já passou,
se puder, diga que o ama
e ame-o, não com o amor que eu tenho,
ame de verdade
viva com ele
alimente-se dele, e o dê de comer
satisfaça-o com alma, com paixão
com desejo
você nem vai perceber o desgosto
iluda-se
é a ti que ele quer.

7.10.07

Super Caetano

"Você é meu caminho
Meu vinho, meu vício
Desde o início estava você
Meu bálsamo benígno
Meu signo, meu guru
Porto seguro onde eu voltei
Meu mar e minha mãe
Meu medo e meu champagne
Visão do espaço sideral
Onde o que seu sou se afoga
Meu fumo e minha ioga
Você é minha droga
Paixão e carnaval
Meu zem, meu bem, meu mal"

6.10.07

um sonho

Eu tinha medo do banheiro, ele ficava longe e era perigoso,
pra ir até lá precisava saltar precipícios e entrar em gavetas de funerária
(era bem normal pro resto das pessoas, só eu estranhava)
as aranhas no caminho pareciam lesmas melequentas e com olhos enormes
o prédio era deserto e eu me sabia frágil, tive muito medo
eu não podia demorar, alguém me ajudou
depois, eu estava atrasada pra te encontrar e quando eu cheguei você era outra pessoa
mas eu fui ver tevê com você, e você me abraçou
meu coração quebrou em muitos pedaços e eu não conseguia mais te olhar nos olhos
o sonho virou só água e sangue

3.10.07

Sorte de hoje: Todos os seus sonhos serão realizados.

Como qualquer outro dia, vim trabalhar - normal - folheei alguns livros da prateleira - normal - resolvi arrumar a bagunça - não tão normal assim.

Primeira tarefa: separar os livros que vamos doar.

(6 meses antes) Vou trabalhar, minha colega de trabalho me mostra uma ONG legal, procurando educadora, mando um email com currículo. Na mesma noite eu sonho que tava trabalhando na ONG legal e tava lendo um livro péssimo (que resumindo, dizia: "crianças, o folclore é isto" e descrevia alguns personagens folclóricos, no final tinha uma explicação meia-boca das razões que levaram o autor a fazer o livro).
No dia seguinte chego no trabalho, feliz, e conto o sonho pra coleguinha: "hahaha, sonhei que tava trabalhando lá, olha só..."

(4 meses atrás) Recado na caixa postal: "Você foi aprovada no processo seletivo, por favor compareça segunda-feira trazendo os documentos para sua admissão" (mil pulos de alegria)

(hoje) Separando livros, me deparo com um livro "explicativo" pra crianças, sobre folclore, que eu já tinha visto em algum lugar...

28.9.07

falta de sorte

Esta é a bancada (2,30 x 70 x 82) que eu perdi no par ou ímpar:


Esta é a montagem tosca de como ela vai ficar na nova casa:

21.9.07

mundo louco

quando eu ouço Amy Winehouse morro de vontade de fumar









"At least I'm not drinking..."

17.9.07

Cego, o amor

só me lê em braile...

14.9.07

bobagera

Escrevendo um teste, no trabalho.
Procuro no google exemplos de teste pra copiar as "expressões-chavão". Sugar a linguagem mesmo, já não tenho criatividade pra inovar...
Encontro: Teste sua sanidade.
Ai meu deus, dá nisto:

"Humm, as coisas andam um pouco agitadas em sua mente brilhante... Acho que você apresenta uma pequena inclinação para ser maluco. Porém, tente ser discreto para não parecer um(a) cara bobão(ona)"

Parece brincadeira!

E bem que poderia ser...
Mas, depois do acontecido, se você for no google procurar por vergonha nacional o primeiro resultado será este.

Entenda porque aqui

13.9.07

Tim festival!!!

É...
parece que eu não vou mais
:(

11.9.07

Eu não sou sem noção!

Que raiva que me dá quando as pessoas acham que eu sou, porque eu não sou e sei que não sou!
este mês aconteceu 3 (três!) vezes de eu dar alguma idéia, as pessoas descartarem do tipo: dããããã... e depois de um tempo fazer exatamente o que eu tinha sugerido!!!!!!
aí eu, boazinha que sou, penso: "tudo bem, é que às vezes as pessoas precisam de tempo mesmo pra processar as coisas, pra amadurecer a idéia, etc..."
Cansei de ficar jogando idéias por aí, agora, ou eu me calo ou eu bato o pé!

6.9.07

Tim festival!

Eu vou!!!!!

30.8.07

"blogahollic"

Por que me interessa saber dos sapatos que ela comprou? dos livros que ele leu? do dia a dia? de um fim de semana? das desilusões de um? das amarguras de outra? dos carros? do tarô? do futebol gaúcho(!)? do show? do trabalho de outras? da decoração? do modelito pra festa? yadda yadda yadda...

ando que nem criança, lendo tudo o que vem pela frente
enchendo um vazio de palavras
atrás do texto ou de quem escreveu?
atrás dos outros ou de mim?

29.8.07

Chico Buarque - Dueto

Consta nos astros, nos signos, nos búzios
Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no
evangelho, garantem os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos autos, nas bulas, nos dogmas
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta na pauta, no Karma, na carne, passou na novela
Está no seguro, pixaram no muro, mandei fazer um cartaz
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta nos mapas, nos lábios, nos lápis
Consta nos Ovnis, no Pravda, na Vodca

17.8.07

quem acha mesmo que não tem preço?

cortar e hidratar o cabelo
luminária pra ler no quarto
óculos de sol
uma sapato/sandália de salto pras festas deste mês
vestido pras mesmas
depilação, sombracelhas e unhas
feriado (7/9) - viagem?
tequilada do trabalho (ou equivalente)
presente de dia dos pais
comer no outback
aula do Irineu

14.8.07

Postura profissional

Invejo de leve as pessoas que têm um certo tom de segurança na voz. Algumas vezes chega até a parecer esnobe, mas me dá uma impressão tão de "eu sei do que estou falando" (pensando bem, pode parecer ridículo, quando se está falando merda). Mas acho que é um risco que vale a pena.
Percebo que muitas vezes eu falo algo sobre o qual tenho certeza, ou até uma opinião formada (e não mais em estado de formação) de forma interrogativa - para abrir possibilidades de crítica, de melhoria de uma idéia através da construção coletiva - e só me fodo! As pessoas acabam subindo em cima, apropriando-se da idéia ou descartando-a como se simplesmente não houvesse nenhum raciocínio por trás (o que vira um exercício de argumentação até que enriquecedor... ). Realmente, achp que tou aprendendo que estes tipos de postura e entonação tem seus lugares e momentos... (acho uma pena)
Me questiono, será que dá pra guardar anos de leituras e reflexão sobre justiça, democracia, igualdade e liberdade na gaveta, pra garantir um emprego?

deve ser hormonal

hoje é um dia muito estranho.

10.8.07

quando o que grita mais alto é silêncio

Algumas coisas são marcantes pra gente, não? Li este texto para um trabalho no primeiro ano da faculdade de História; um amigo que havia lido e indicou, e acho que só marcou tanto porque veio com recomendação... Achei o texto no Banco de Dados do cpdoc, (http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/43.pdf), olhe só:
"O exemplo seguinte, completamente diferente, é o dos sobreviventes dos campos de concentração que, após serem libertados, retornaram à Alemanha ou à Áustria. Seu silêncio sobre o passado está ligado em primeiro lugar à necessidade de encontrar um modus vivendi com aqueles que, de perto ou de longe, ao menos sob a forma de consentimento tácito, assistiram à sua deportação. Não provocar o sentimento de culpa da maioria torna-se então um reflexo de proteção da minoria judia. Contudo, essa atitude é ainda reforçada pelo sentimento de culpa que as próprias vítimas podem ter, oculto no fundo de si mesmas. É sabido que a administração nazista conseguiu impor à comunidade judia uma parte importante da gestão administrativa de sua política anti-semita, como a preparação das listas dos futuros deportados ou até mesmo a gestão de certos locais de trânsito ou a organização do abastecimento nos comboios. Os representantes da comunidade judia deixaram-se levar a negociar com as autoridades nazistas, esperando primeiro poder alterar a política oficial, mais tarde "limitar as perdas", para finalmente chegar a uma situação na qual se havia esboroado até mesmo a esperança de poder negociar um melhor tratamento para os últimos empregados da comunidade. Esta situação, que se repetiu em todas as cidades - onde havia comunidades judaicas importantes, ilustra particularmente bem o encolhimento progressivo daquilo que é negociável, e também a diferença ínfima que às vezes separa a defesa do grupo e sua resistência da colaboração e do comprometimento. Seria tão espantoso assim que um historiador do nazismo tão eminente como Walter Laqueur tenha escolhido o gênero do romance para dar conta dessa situação inextricável?
Em face dessa lembrança traumatizante, o silêncio parece se impor a todos aqueles que querem evitar culpar as vítimas. E algumas vítimas, que compartilham essa mesma lembrança "comprometedora", preferem, elas também, guardar silêncio. Em lugar de se arriscar a um mal-entendido sobre uma questão tão grave, ou até mesmo de reforçar a consciência tranqüila e a propensão ao esquecimento dos antigos carrascos, não seria melhor se abster de falar?"
ah! é do Michael Pollak

Meu lado homem

Tem coisas que eu acho tão boas, tão fudidas de boas, que a única forma compatível de elogiar é xingando:
- que caralho de texto!
- que músico filho da puta!
- Porra! seu desgraçado!

(... e é elogio sim!)

9.8.07

Vale o quanto custa!

Acabo de descobrir porque maquiagem é tão cara: é que dura! Não me refiro à embalagem, no rosto mesmo... É um truque pra economizar um troquinho... Hoje, por exemplo, passei o dia inteiro com a maquiagem que passei ontem, pro happy hour (só precisei retocar o blush!).
Eis o segredo: não limpar o rosto! Afinal, esteticista o convênio paga...

4.8.07

pura poeira ao vento,
brilha luz à luz do sol,
e só, sol a sol
em brilho, e vento
pouco importa... vendo, invento!


(não sei se fui eu ou me pai quem escreveu. deve ter sido há muito tempo, achei no computador)

2.8.07

pronto

reaberta a temporada

17.6.07

dentro de mim mora um monstro
tá domado, mas pronto pra briga
garras de leão e voz de gente louca,
ataca pra fora e pra dentro
relincha, dá coice e arranha
disparando o esquecimento
dentro de mim tem um bicho
um bicho afoito e burro.

14.6.07

por que ODEIO ter que pegar a ponte João Dias

pelo trânsito no entorno,
pela falta de sinalização
pelo labirinto no entorno
pelas placas sujas e invisíveis no entorno
pela falta de sentido da construção arquitetônica, que só serve pra quem conhece mesmo
porque só a uso pra ir à coisas muito caras
porque sempre tem alguém no banco do passageiro dando palpite no caminho.

4.6.07

coisa estranha que é sonho.

tenho sonhado os sonhos dos outros, outro dia minha casa pegou fogo, e eu fui meio que nadando no meio do fogo salvar as pessoas da minha família, mas quando cheguei no quarto. peraí. esta não é minha família, não conheço ninguém, o que estou fazendo aqui?
depois foi o lance de andar na cidade à noite, all night long procurando alguém, qualquer alma, qualquer olhar pra cruzar o meu e a cidade vazia, ninguém pra fazer um baruhinho... depois começa de longe a batucada, e eu animei, me enchi de esperança e comecei a correr, mas quanto mais eu corria mais longe ficava o som. Sozinha comecei a pensar nos meus, nos amores, nas desavenças, no trabalho, na família e começou a chover gente no sonho. Mas de novo não eram as MINHAS pessoas!!!!
teve uma outra vez, quando percebi já estava nadando, e as ondas cresciam tão rápido que eu sabia que não sairia ilesa. Molhada eu já estava, e nadava com todas as minhas forças. A noite tava fria, mas o sonho foi bem quentinho, praia com solão, mas a praia tava longe, bem longe e um outro barquinho lá ao fundo, era lá que eu queria chegar, mas parece que os braços iam diminuindo e que alguma coisa me puxava pra baixo; como se eu sonhasse um medo que eu não tenho, uma insegurança alheia me tomasse de susto... Com água teve tbm o dia no parque aquático, nadando e correndo atrás dele. Ele fugindo de mim exaustivamente. Mas eu achei! no meu sonho eu achei e, qual surpresa, mais uma vez não era o MEU namorado! Lembranças dos outros, tão claras na minha memória.

1.6.07

Pescando

Socorro, estou com sono, muito sono.
Parece que tem alguém falando: você vai dormir agora... vai dormir profundamente... quando eu disser três você vai cair no sono e só vai acordar com o sobressalto da voz do seu chefe, que estará na sua frente, falando com você...
Daí que eu cansei de escrever aqui, e quanto mais besteira eu escrevo aqui mais me dá vontade de apagar e fingir que não existe, que nunca existiu. Daí que ao mesmo tempo eu tenho apeguinho e gosto de acreditar que ninguém lê nada disto, porque assim eu tenho menos vergonha. (Na verdade vergonha na cara eu não tenho mesmo, se tivesse já tinha apagado o blog e nunca teria falado dele pra ninguém).
Mas eu - que só escrevo com mais liberdade em emails pra mim mesma, ou em cartas que nunca ninguém vai ler - gosto de ter um lugar de escrever... Aqui eu guardo um monte de considerações sobre nada importante, mas quando eu releio, lembro. (Acho então que só mantenho o blog porque a memória é fraca.)
E é bom que tenha mesmo um monte de lixo na internet, assim valorizam -se as coisas boas.

E hoje é sexta-feira e tá com cara de segunda, deixei de novo acumular uma semana inteira pra resolver num dia só.
Valeu a pena, ontem eu dormi muito bem mesmo.

30.5.07

por favor, paredes

me abracem.

sem nexo

quero que as paredes me abracem,
se eu posso ouvir, ver, tocar, cheirar, comer, sentir e gostar, porque tá tanto frio lá fora? aqui dentro é tão quente que ferve.
das coisas mais difíceis que existem: a despedida, a que vai não e a que fica.

eu quero

quero que as paredes me abracem
e que seu o olhar me aqueça
declaraçoes apaixonadas de amor
antes que escureça
(só pra não ficar só)

29.5.07

sinto falta de _______

não sei bem de quê, mas sinto falta
uma explosão? enchente? sol rachando?
falta de filme e de abraço
e chá quente
e da marília
e da eliza
e praia de inverno
e do guilherme
e cobertor
e rede
e da lú
falta da faculdade
falta de ler o livro que tá na mochila
falta de dinheiro na conta também
e de cinema

Acho que to com "eu" de sobra, é possível?

26.5.07

Nossa, publiquei errado!
hehe

25.5.07

aaaaaaiiiii

(acho que este negócio do inferno astral não era pra mim, demora tanto ainda pra chegar o meu aniversário...)

Mudando de assunto; ô gripe sem dó esta que está por aí... dói tudo duma vez, corpo, cabeça, garganta, olho... e pra ajudar tem a tosse =/

Hoje tô de castigo sem falar nadinha, só fazendo mímica - é que qualquer arzinho que passa na garganta corta e dói.

21.5.07

veremos

16 dias antecipado, parece que hoje começa o inferno astral.

9.5.07

Matéria de Poesia - Manoel de Barros

Então - os meninos descobriram que amor
Que amor com amor
Que um homem riachoso escutava os sapos
E o vento abria o lodo dos pássaros

Um garoto emendava uma casa na outra com urina
Outros sabiam a chuvas. E os cupins
Comiam pernas de armário, amplificadores, ligas
religiosas...

Atrás de um banheiro de tábuas a poesia
Tirava as calcinhas pra eles
Ficavam de um pé só para as palavras -
A boca apodrecendo para a vida!

De tarde
Desenterraram de dentro do capinzal
Um braço do rio. Já estava com cheiro.
Grilos atarraxados no brejo pediam socorro.

De toalha no pescoço e anzol no peixe
Eles foram andando...
Botavam meias-solas nas paisagens
E acendiam estrelas com lenha molhada.

Acharam no roseiral um boi aberto por borboletas
Foi bom.
Viram casos de ostras em canetas
E ajudaram as aves na arrumação dos corgos

A todo momento eles davam com a rã nas calças
Cada um com a sua escova
E seu lado de dentro. Apreciavam
Desamarrar os cachorros com lingüiça.

À margem das estradas
Secavam palavras no sol como os lagartos
Passavam brilhantina nos bezerros. E
Transportavam lábios de caminhão...

Nunca poucos fizeram tantos de pinico!
Só iam pra casa de lado - com uma pessoa
Que tem cobra no bolso.
E para cada mão - os cinco dedos de palha.

7.5.07

posso confirmar seu cadastro?

Com todo este bafafá por causa dos sequestros falsos, só me vêm à cabeça uma coisa:
- coitados dos vendedores de telemarketing... (não, como instituição é lógico que eu tbm não gosto... mas pô, era um sustento, não? Gente que nem a gente...)

29.4.07

Baita saudade da praia.

Qualquer uma não, saudade da praia da infância e adolecência, cujas ruas cresceram acompanhando as rugas da minha vó. Posso sentir o cheiro do mato com concreto no ventinho frio que bate aqui, e lembrar de toda a vida que vivi lá entre amigos de temporada e brincadeiras extemporâneas.
Em São Paulo frio e distância, na praia ressaca aconchegante.
Me fará bem rever os amores que estão lá e levar os que trago comigo pra passear...
Saudade é um bicho estranho: se contorce dentro... reclama! mas também acaricia.

de domingo

Nana Caymmi - Resposta ao Tempo
Aldir Blanc/Cristovão Bastos

Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão, sinto o vento

Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei

E gira em volta de mim, sussurra que apaga os
caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inve.........ja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer

27.4.07

mais uma, do trabalho

Bom quando tem gente que fala a mesma língua... impressão que tenho de que fiquei um ano inteiro falando com as paredes e ouvindo pedras. agora, com a comunicação fluida, e parece que as pedras vão saindo de dentro da carne, voltando à quem merecia carregá-las (eu tenho minha cota, admito, mas tudo tudo é demais pra duas perninhas só...)
Tomara que aguentem, porque no feriado vai haver avalanche... ahhh mas vai!

26.4.07

Eu sou uma bruxa má!

Tenho medo de mim...

Depois de tudo o que passei nesta semana, estou pronta para mudar de área... Alguém precisa de um cobrador?

25.4.07

que remédio é que se toma pra loucura, alguém sabe?
hoje fico mais louca que ontem, e tem sido numa crescente isto, desde quando me lembro...
dá um medo de ficar louca assim, e liberdade também.
e dá-lhe grito com o chefe...
dá-lhe abraço em entregador de pizza...
dá-lhe pensar nos desamores.
loucura tudo, reclamo, mas me divirto também (só depois, só depois)

Vejo nos blogs por aí trocentas gentes esculachando os chefes, exorcisando males do trabalho por aqui e eu me poupo... não devia, é divertido
(será que o pessoal do meu trabalho lê este blog? vontade de falar bem e mal de todos - quase todos, incluindo eu.)
hoje gritei de novo, de novo a toa...
ando pior que atendente de telemarketing, mas ao menos sou objetiva e direta.
(floreios só à noite - please)

24.4.07

lembrança

minhas janelas estão sujas
(olhos nublados que não vêem)
apago a luz, aparece um coração
riscado à mão
(tantos detalhes esquecidos,
este o vidro guardou)

23.4.07

tudo demorando em ser tão ruim

Mesmo se for rapidinha, tem tristeza que parece tão funda que vai até rasgar (é danada ela, sempre dá um jeito de parecer eterna...). Engraçado é que eu me sinto triste, sem ligar muito pra isto... life goes on e se eu ignorar acho que passa.


(...)

sim, passa sim...

21.4.07

teimosia

vi o que não queria ver
falei o que não queria falar
fiz coisas que não queria fazer
continuo querendo as mesmas coisas

20.4.07

agrada?

Fim de noite ontem queria ter sentado aqui pra escrever alguma coisinha bem sarcástica, alguma resposta à altura pro monte de besteira que a gente ouve vez em quando... Mas não, dormi com a minha raiva atravessada na garganta. É bobo, mas é fato - ser mulher é um saco! (putz, rimou.) Hoje, de novo, deixo pra lá por não saber o que de produtivo pode sair disto tudo. Melhor mudar de assunto... Quero conhecer a Escócia.

17.4.07

mil emoções num dia
(dia a dia)

15.4.07

Post-it (quando acabar a cola, cai)

ser você daqui e dali,
a Gala de Dalí,
selvagens do debret
ser objeto, fixa, imagem feita
visão pra outros olhos
tato de outros dedos
retrato estático
loop de quantos momentos
estátua de mármore
preferiria gelo

13.4.07

uma flor quis um dia passarinhar,
um passarinho veio e lhe deixou um beijo;
um beijo!
(e se foi, sem lhe ensinar a voar)

1.4.07

Frank Sinatra no domingão. Alguém dança?

I Wish You Love
(C. Trenet, A. Beach)

Goodbye, no use leading with our chins, this is where our story ends, Never lovers ever friends.
Goodbye, let our hearts call it a day, but before you walk away, I sincerely want to say.
I wish you bluebirds in the spring, to give your heart a song to sing, and then a kiss, but more than this, I wish you love.
And if you like lemonade to cool you in some lazy glade, I wish you health, and more than wealth, I wish you love. My breaking heart and I agree that you and I could never be, So with my best, my very best, I set you free. I wish you shelter from the storm, a cozy fire to keep you warm, Most of all, when snowflakes fall, I wish you love.
I wish you shelter from the storm, a cozy fire to keep you warm, most of all, when snowflakes fall, hot time, I wish you love. All kinds of love, a whole gang of love.

31.3.07

manoel de barros

Quanto mais inconstante aguentar.
Mudei tudo o que fiz hoje já, pela milhonésima vez, e são nem 2 horas. Reli tanto, tanto, o retrato do artista quando coisa, que agora quis escrever diferente - de novo. :

sorri,
traz meu sorriso junto
vê a vida simples,
me mostra.
me fala das palavras
e do seu silêncio,
traduz o silêncio,
me desveste delas.

28.3.07

Sonho

Um dia azul,
eu me sinto e amarela o ar.
Eu estou amarrada,
dos pés ao pescoço.
Me debato, me sacodo,
gasto toda a força.
A impressão que tenho é de que a corda só aperta mais e mais.
Mas a água espirra.
Estou molhada como um cão na chuva.
Me sacodo e as gotas de água espirram.
A corda me ata, a água não.
Sei que se eu escorresse, a corda escorreria junto,
está grudada em mim.
Continuo me debatendo
sem expandir.
Eu posso ver:
no ar, minha água encontra o amarelo
e acidifica.
Cristaliza e cai,
lentamente.
Desgruda da pele e voa,
sem alcançar o chão.
E eu sei que estou caindo junto,
me sinto imergir.
Me concentro,
quem sabe me salvo?
As gotas ainda orbitam ao meu redor.
Nelas eu vejo,
uma a uma,
toda a acidez.
Sinto o quanto queima.
Eu sinto.
Gradualmente os cristais começam a quicar em mim,
ácidos.
Vou vendo o ir e vir,
deixando os cristais orbitarem.
Formam círculos ao meu redor,
eu vejo,
batem e voltam mais ácidos,
pra bater de novo.
O amarelo vai escurecendo até ficar marrom
da cor do sangue,
marrom da cor da corda.

e a busca continua

To começando a ficar comovida com a série "Tanya" de vírus que eu tenho recebido, hoje foi este:

Hello, my gentleman
I miss you in the morning, I long for your sweet tender touch. If I denied it, I'd be so remiss. I miss you in the afternoon, I long for your smile. Darling, I am waiting for you so much. I miss you in the evening, when the blueblack curtain falls; I stare in your eyes and wish that you would kiss me. I miss you in the night time; I long to hold your arms. Please write to me, my only one, and fill my heart with love.
I wrote this to you, These words come from my heart! I am looking for a soulmate! Find me here _____________.
Looking forward to hear from you soon

E procurando no blog qual tinha sido o anterior, encontrei o post de outra quarta-feira chuvosa. Aquela foi boa; fiquei feliz por ter registrado - aí pensei que devia registrar mais coisas boas aqui. aí vai então.







(errrr, não consegui pôr em palavras nada - deve ser o trabalho, o clima aqui me contagia. Bueno, vivendo esta ansiedadinha, ouvindo estas músicas inebriantes, pensando no tudo que não sei, ando meio perdida - ontem me perdi no largo São Bento, foi ridículo e divertido; ainda assim, acho que cada vez estou mais perto de onde quero estar (seria sorte?). Teve uma vez que aconteceu parecido, eu saí do trabalho num ônibus errado e fui parar bem longe - porque só percebi no ponto final - que era bem longe. Voltei meio nem aí. Difícil descrever esta sensação de não sentir, de não se importar. Acho perigoso estar assim avoada, mas a gente vai levando...)

Como falaram no filme ontem: não fazer nada também é uma forma de ação.

27.3.07

agora

agora é tempo de muda
muda amores
muda a lida
assim
de forma absurda
mudam-se as penas da vida

( se lembro bem, era assim a primeira versão que meu pai escreveu, depois foi mudando, mudando e não sei bem como ficou...)

26.3.07

Pequenas implosões
não dóem, não queimam
não têm consequências drásticas
não causam terremotos
Pequenas perdas,
acumuladas,
ganham força,
metem medo.
Na vida e nos sonhos
em areia ou alvenaria
representam risco.
Mas são aos poucos. Pequenas.
Como cupim numa casa velha

23.3.07

num outro blog, caio fernando abreu

"... não estou louca nem bêbada, estou é lúcida pra caralho e sei claramente que não tenho nenhuma saída, ah não se preocupe, meu bem, depois que você sair tomo banho frio, leite quente com mel de eucalipto, gin-seng e lexotan, depois deito, depois durmo, depois acordo e passo uma semana a banchá e arroz integral, absolutamente santa, absolutamente pura, absolutamente limpa, depois tomo outro porre, cheiro cinco gramas, bato o carro numa esquina ou ligo para o CVV às quatro da madrugada e alugo a cabeça dum panaca qualquer choramingando coisas tipo preciso-tanto-uma-razão-para-viver-e-sei-que-essa-razão-só-está-dentro-de-mim-bababá-bababá e me lamurio até o sol pintar atrás daqueles edifícios sinistros, mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"
Eu juro (juro!) que as oscilações hormonais tão me deixando louca de novo. Eu nunca me vi de tanto mau humor e bom humor de uma hora pra outra, com umas pessoas e outras...
Hoje a vontade de xingar aos 4 ventos é incontrolável, bem como a de abraçar, abraçar, abraçar e abraçar... Ando meio raivosa, mas só com algumas pessoas. Espero, desta vez gastar a pilha dos lasers... e com a vida, ironia (ahhh como é bela a ironia).
Vi numa loja de departamento um saco de pancadas pra vender, era meio médio e custava 50 reais - é mais barato que terapia...

18.3.07

Sylvia Plath

PALAVRAS

Golpes
De machado que fazem soar a madeira,
e os ecos!
Ecos partem
Do centro como cavalos.

A seiva
Jorra como lágrimas, como a
água lutando
Para repor seu espelho
Sobre a rocha

Que cai e rola,
Crânio branco
Comido por ervas daninhas.
Anos depois as encontro
Na estrada —

Palavras secas e sem rumo,
Infatigável bater de cascos.
Enquanto
Do fundo do poço estrelas fixas
Governam uma vida.

(Tradução: Ana Cristina César)

16.3.07

passeie

iria pegar, cara de pau mesmo, algumas ilustrações que eu achei aqui, pra colocar aqui, mas depois achei sacanagem. As fotinhos são tão bonitinhas que vale a visita inteira, mas tem umas que valem mais do que as outras...

por estas e outras é que deve ser legar trabalhar numa editora...

(a chuva não passa e eu adoro escrever aqui quando tem chuva, como se pudesse eternizar as gotinhas que caem - não dá, mas me ajuda a prolongar o verão)

15.3.07

todo mundo fala nos blogs dos seus proprios objetos de desejo, vou falar do meu atual objeto de desejo também... (e me desculpo por isto)

sabe aquelas vitrolas que vinham dentro de uma mala? É tipo uma lancheirona gigante, mas ao invés de lanchinho e suquinho, dentro tem uma vitrola(!), uma linda e útil vitrola. Sem mencionar a praticidade - ela é portátil! uma vitrola portátil!
a malinha pode ser colorida, azul, vermelha, amarela... não importa a cor, importa o recheio.

quero uma...

14.3.07

amor de mãe, que me ensinou

Milton Nascimento - Mistérios
Joyce E Maurício Maestro
Um fogo queimou dentro de mim
Que não tem mais jeito de se apagar
Nem mesmo com toda água do mar
Preciso aprender os mistérios do fogo pra te incendiar
Um rio passou dentro de mim
Que eu não tive jeito de atravessar
Preciso um navio pra me levar
Preciso aprender os mistérios do rio pra te navegar
Vida breve, natureza
Quem mandou, coração?
Um vento bateu dentro de mim
Que eu não tive jeito de segurar
A vida passou pra me carregar
Preciso aprender os mistérios do mundo pra te ensinar
quarta feira, chuva.

cheiro bom este de carinho...

13.3.07

esquecimento

na parte das torturas eu esqueci de mencionar a espera em filas intermináveis...

7.3.07

dar nome aos bois...

A necessidade de nomear as coisas têm me tirado horas de expediente (se eu dissesse horas de sono estaria mentindo... ). Tudo por um sonho que uma amiga contou, no qual ela estava descontente com o nome dado pelo pai de uma filha sua à neném; e, em sonho, quando olhou a cara da criança e descobriu seu nome sentiu uma satisfação plena, sentiu-se realizada... Depois dela me contar isto, ainda estudei pra uma prova, tentando entender o processo de conceituação de alguns termos importantes para a geografia: ciência, geografia, paisagem, lugar... nisto sempre martelando a idéia de que cunhar uma nome para algo é dominar aquilo.
Penso nas milhares de moças e moços que desde a adolescência precoce sabe já imagina o nome de seus futuros filhos, e quantas pessoas não foram nomeadas assim... Volto aos velhas aulas de português do colegial em que tentava entender o que seria um substantivo abstrato, pensando ainda em significado/signo/significante (será que era isto mesmo?).
Vira e mexe, encontro termos de agradabilíssima leitura no dicionário (!!!)

2.3.07

Hello and smiles, dear...

Eu recebo uns vírus estranhos no meu email, já estou me aconstumando, mas este que recebi hoje achei cruel demais, tanto com as mulheres peloo "perfil" de sexo frágil que é esboçado para atrair vítimas do sexo masculino e mulheres curiosas, quanto com suas vítimas - oferece ilusões, esperanças e ferra com a pessoa... Muito cruel. Compilei aqui, mas apaguei o link por segurança.


Hi, Otto

You have got this letter from a woman who desires to find a second
half. It's me! I am confident and attractive, kind and joyful. Life
here is not the best!
I try to success in my job but it's impossible. It's hard to gain
success in anything here for a young woman. Men here are also not the
best in the world. I had bad experience in the past and I am not going
to repeat it!
What are you looking for in your life? Are you looking for a soulmate?
If yes, why not write me?

Looking forward to hear from you soon
Nastya

26.2.07

Andei mexendo nas coisas do meu pai (por que ele pediu) e peguei emprestadas duas poesias sobre um só tema:

Que importância tem as palavras
Se já tomei tanto sim pela frente
Que com o tempo era só não
O que tem de diferente
Um muito obrigado
Um com licença
um palavrão
conferir nos olhos
No gesto, documento, ação
Palavras de verdade
Também são de mentiras
Arma na mão de quem saca para matar
E atira.
______________________________

Vi nos seus olhos
a mesma triste aparente calma
do militar
Afrontado então pela palavra
bate a mão na arma -
... para pensar
Sei que tudo pode ser
extremamente simples
na forja mais rápida e complicada.

14.2.07

a noite
me pinga uma estrela nos olhos
e passa

(paulo leminki)

12.2.07


2.2.07

Semaninha ruim que tá acabando, ufa!

Pudera, escreveria em lágrimas
entrelaçaria os fios de angústia
escorrendo a face
nos secos rastros,
me sulcando a pele,
desvirando os nós em rococó
Tiraria das tristezas meu enfeite
e neste raso poço nasceriam flores
as raízes encharcadas pelos meus sete mil amores

25.1.07

:

Tenho certeza que meu pai anda querendo fazer com que eu sonhe, por estas e outras fala pra eu descobrir "Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon". Pode ser que eu esteja certa, também posso estar louca. Posso. Gosto disto.

"E uma noite, trepado no coreto da Praça das Acácias, gritou:
- Agora a gente vai fazer serviço de tatu!
O povo todo, uma picareta só, começou a esburacar ruas e becos de modo a deixar passar encanamento de água. Em um quarto de ano Curralzinho já gozava, como dizia cheio de vírgulas e crases o Sentinela Municipal, do 'salutar beneficio do chamado precioso líquido' ".

(é do José Cândido de Carvalho, tá na página 363 dos cem melhores contos brasileiros do século)

17.1.07

Aos amigos e amantes

A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor, o seu amor,
Um amor tão delicado

Ah, porque você foi fraco assim,
Assim tão desalmado
Ah, meu coração,
Quem nunca amou,
Não merece ser amado

Vai meu coração,
Ouve a razão, use só sinceridade
Quem semeia vento,
Diz a razão,
Colhe sempre tempestade

(A. C. Jobim)

16.1.07

Estou pensando muito em regime

Hoje eu fui "espectadora" do meu sonho, curioso.

No sonho uma mulher pelos seus 30 anos vagava em um lugar ermo, espécie de ruína. No começo era só ela mas depois foi encontrando outras pessoas. O sonho se parecia muito, muito com uma espécie de Mad Max na selva atlântica. Lembro de vagas cenas como a que ela está só, andando por um chão pedregoso. Ela está carregando a estrutura de uma Kombi (isto mesmo, que nem faziam os flinstones) e falando sozinha (ou comigo?). O que é intrigante é que ela reclamava por estar já há 10 dias lá e não ter passado fome, mas mesmo assim ela tinha comido todo o interior da Kombi - painel, bancos, carpete - pôs tudo goela abaixo. Ela era magra, mesmo depois de ter devorado a Kombi.

12.1.07

mãe solteira

Nos meus sonhos eu levo uma espécie de "vida", é tudo muito curioso. Tenho uma vida que é sofridinha nos sonhos, mas é feliz. Quando falo dos sonhos digo desta série em que se enquadra o de hoje, não lembro de todos, mas lembrei deste de agora e ele tinha ligação com outros, no sonho eu fazia referência à episódios anteriores da vida e eles eram muito concretos, como coisas já antes sonhadas Estranho mesmo e ruim, foi um sonho ruim.



Começou quando eu estava dando à luz, não era um hospital nem nada apropriado para fazer partos, eu estava sentada num vaso sanitário com uma mulher me encarando de frente e gritando: "vai, faz força agora", ela pegou o meu filho e levou pra longe de mim, prum beliche e eu terminei de dar à luz e voltei pras atividades do dia a dia. Era um espécie de gincana, mas algo muito sério e tinha um senhor que comandava. Estava claro que para ele eu não era alguém recebida lá de bom grado, toda hora ele me lembrava que eu não podia dar mancada e que era perigoso para ele eu estar lá, que se alguém perguntasse eu não o conhecia e dava mil e uma indiretas para eu ir embora. Ele tinha articulado para eu estar lá, mas era frágil, era arriscado e ele só o fez porque sabia da minha vontade; era importante para mim estar lá, eu não voltaria atrás, preferia correr os riscos.



E esqueci do filho, até que chegou a hora de contar para o pai, de escolher nome e registrar. Um detalhe é que o pai estava preso, e eu não conseguia falar com ele. Fui até a casa dele, onde morava muita gente e tinha um piscina bem suja na parte de fora. Ninguém estava em casa, como eu estava acompanhada resolvi nadar um pouco enquanto esperava. A piscina era imunda, nem deve ser chamada de piscina, parecia um laguinho. Era raso e eu e a pessoa que estava comigo ficamos fazendo ioga na água, posições que testava resistência e concentração. Em uma delas eu ficava submersa, servindo de apoio para uma acrobacia do outro, e eu não conseguia, ficava tremendo. Quando levantei para tomar fôlego, tomei também uma bronca: "viu como é difícil? você é exigente demais, nem consegue fazer a posição e fica cobrando isto das nossas alunas - agora eu era professora - levantei o pé e mostrei que tinha levado uma picada na ponta do dedão, o bicho ainda estava cravado no dedo, e por isto eu não consegui equilíbrio.



Eu estava vestida com uma bermuda preta e uma blusa listrada de azul e branco, na piscina, no laguinho eu avistei uma borboleta morta, com a mesmíssima cor e estampa da minha roupa. A pessoa que estava comigo ficava querendo que eu grudasse uma borboleta morta na minha blusa, por causa da coincidência e eu achei a idéia nojenta.



Nisto, no meio desta discussão acordou o irmão do pai do meu filho, dando uma baita bronca por estar na piscina dele na surdina. "da próxima vez você fala mais alto, ok?" De sorridente fiquei séria e falei que tinha um assunto sério a tratar. Sentamos no chão, eu disse: "Eu preciso falar com o Roberto (o nome correto seria outro, na hora eu troquei e não consertei porque o interlocutor entendeu) o mais rápido possível, é urgente e é sério"


"E o quê você quer que eu faça?" Frio.

"Não sei Renato, dá um jeito, é um assunto que interessa para ele também"

"Joana, você só traz problemas"

"Lembra quando eu te pedi para falar que eu havia engravidado?"


Ele encarou longamente minha barriga, aí é que entrou o sonho anterior, eu lembrava de outro sonho de ter conversado com ele pelo computador, contado tudo; lembrava também de ter falado com o pai da criança, e de toda a nossa vida anterior. Lembrei que ele foi preso pelo processo trabalhista que sofreu, motivado por ciúme de alguém com quem eu o havia traído e que o queria longe. No sonho anterior eu o tinha visitado na cadeia e lembrei bem do cheiro da cela, o lugar era muito parecido com o lugar em que tive o filho.

"Lembro que você me pediu isto, e eu falei à ele" ( eu já havia falado com ele depois disto e soube que ele já sabia, e que ele havia ficado feliz com a notícia - tinha a certeza de que independenete de tudo o que tínhamos vivido nos amávamos.)

"Pois é, meu filho nasceu, e eu quero que ele saiba, quero que ele veja a criança se quiser, ele já não esteve nos enjôos, não viu a luta contra as estrias, não me viu como elefanta a andar e nadar por aí. Nosso filho é lindo e é um presente pras nossas vidas, quero falar isto pra ele, como faço?"

"Pode deixar que eu falo"
celebrando o último dia de férias resolvi "documentá-lo"
foi também pra celebrar o fim das férias que resolvi comer bem num restaurante caro - satisfações de gente gorda e adulta, porque adolescente não resolve do nada comer sozinho em restaurante, acho. Fui porque achei que já que eu ia ter que passar o dia todo sozinha, merecia um prazerzinho. Ano passado foi quando eu percebi estas duas coisas - que virei adultinha e que estimular o paladar realmente é uma grande coisa boa (não achei palavra ou expressão melhor).
2006 fui bem de paladar, comi em cada lugar bom, dá água na boca de lembrar. Hoje era um buffet e eu escolhi as coisas mais apetitosas: ravioli de carne e de ricota alho e óleo, anchovas ao molho, salada de tomate seco com azeitonas e batata frita, pra beber suco de morango com adoçante. Quando sentei na mesinha vi que se fosse fazer a média da faixa etária das pessoas que almoçavam lá ao mesmo tempo que eu, minha presença lá talvez baixasse para 60 ou 65 anos. Pensei: ao menos deve ser saudável a comida...
Primeira garfada no ravioli lindo e pá: congelado. Anchovas idem. Salvou-se a salada, boa.
Até o suco, seria muito bom por sinal se ao invés de adoçante eu tivesse pedido açúcar. Tenho esta mania de usar adoçante porque é mais prático, quando o cara perguntou: açúcar ou adoçante eu achei que ele ia me trazer um saquinho de adoçante pra eu adoçar como gosto. Não, ele preferiu encher meu suco de adoçante, deixando aquele gostinho amargo e acabou que além de caro, o suco ficou ruim.
Outra coisa curiosa de hoje é que aluguei 4 filmes, dois dramas e dois "filmes de arte". Achei curioso classificar assim, quê será arte pra quem classificou?
Buscando alguma inspiração na TV, estranho que quando tá tudo ¨ok¨ não dá vontade de reclamar, acho que é novo pra mim não ter vontade de reclamar de nada...

Aninho novinho chegando sorridente aqui.
Nada demais acontece, mas eu estou tranquila e isto é raro - acho que dura pouco, ainda mais agora que eu tornei público. Confesso, tenho sentido um pouco de falta da intensidade, mas tão pouquinho que nem é ruim...

Hoje vou alugar filmes.

10.1.07

batata frita

ainda no clima de férias,
em casa só toca blitz (que felicidade, que felicidade)

8.1.07

de volta

No varal, secando, 3 biquinis, 4 cangas, 1 toalha, 5 blusinhas, 1 camiseta, saias, 1 calça, 2 bermudas e meu sorriso esticado.