30.8.07

"blogahollic"

Por que me interessa saber dos sapatos que ela comprou? dos livros que ele leu? do dia a dia? de um fim de semana? das desilusões de um? das amarguras de outra? dos carros? do tarô? do futebol gaúcho(!)? do show? do trabalho de outras? da decoração? do modelito pra festa? yadda yadda yadda...

ando que nem criança, lendo tudo o que vem pela frente
enchendo um vazio de palavras
atrás do texto ou de quem escreveu?
atrás dos outros ou de mim?

29.8.07

Chico Buarque - Dueto

Consta nos astros, nos signos, nos búzios
Eu li num anúncio, eu vi no espelho, tá lá no
evangelho, garantem os orixás
Serás o meu amor, serás a minha paz
Consta nos autos, nas bulas, nos dogmas
Eu fiz uma tese, eu li num tratado, está computado nos dados oficiais
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta na pauta, no Karma, na carne, passou na novela
Está no seguro, pixaram no muro, mandei fazer um cartaz
Serás o meu amor, serás a minha paz
Mas se a ciência provar o contrário, e se o calendário nos contrariar
Mas se o destino insistir em nos separar
Danem-se os astros, os autos, os signos, os dogmas
Os búzios, as bulas, anúncios, tratados, ciganas, projetos
Profetas, sinopses, espelhos, conselhos
Se dane o evangelho e todos os orixás
Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz
Consta nos mapas, nos lábios, nos lápis
Consta nos Ovnis, no Pravda, na Vodca

17.8.07

quem acha mesmo que não tem preço?

cortar e hidratar o cabelo
luminária pra ler no quarto
óculos de sol
uma sapato/sandália de salto pras festas deste mês
vestido pras mesmas
depilação, sombracelhas e unhas
feriado (7/9) - viagem?
tequilada do trabalho (ou equivalente)
presente de dia dos pais
comer no outback
aula do Irineu

14.8.07

Postura profissional

Invejo de leve as pessoas que têm um certo tom de segurança na voz. Algumas vezes chega até a parecer esnobe, mas me dá uma impressão tão de "eu sei do que estou falando" (pensando bem, pode parecer ridículo, quando se está falando merda). Mas acho que é um risco que vale a pena.
Percebo que muitas vezes eu falo algo sobre o qual tenho certeza, ou até uma opinião formada (e não mais em estado de formação) de forma interrogativa - para abrir possibilidades de crítica, de melhoria de uma idéia através da construção coletiva - e só me fodo! As pessoas acabam subindo em cima, apropriando-se da idéia ou descartando-a como se simplesmente não houvesse nenhum raciocínio por trás (o que vira um exercício de argumentação até que enriquecedor... ). Realmente, achp que tou aprendendo que estes tipos de postura e entonação tem seus lugares e momentos... (acho uma pena)
Me questiono, será que dá pra guardar anos de leituras e reflexão sobre justiça, democracia, igualdade e liberdade na gaveta, pra garantir um emprego?

deve ser hormonal

hoje é um dia muito estranho.

10.8.07

quando o que grita mais alto é silêncio

Algumas coisas são marcantes pra gente, não? Li este texto para um trabalho no primeiro ano da faculdade de História; um amigo que havia lido e indicou, e acho que só marcou tanto porque veio com recomendação... Achei o texto no Banco de Dados do cpdoc, (http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/43.pdf), olhe só:
"O exemplo seguinte, completamente diferente, é o dos sobreviventes dos campos de concentração que, após serem libertados, retornaram à Alemanha ou à Áustria. Seu silêncio sobre o passado está ligado em primeiro lugar à necessidade de encontrar um modus vivendi com aqueles que, de perto ou de longe, ao menos sob a forma de consentimento tácito, assistiram à sua deportação. Não provocar o sentimento de culpa da maioria torna-se então um reflexo de proteção da minoria judia. Contudo, essa atitude é ainda reforçada pelo sentimento de culpa que as próprias vítimas podem ter, oculto no fundo de si mesmas. É sabido que a administração nazista conseguiu impor à comunidade judia uma parte importante da gestão administrativa de sua política anti-semita, como a preparação das listas dos futuros deportados ou até mesmo a gestão de certos locais de trânsito ou a organização do abastecimento nos comboios. Os representantes da comunidade judia deixaram-se levar a negociar com as autoridades nazistas, esperando primeiro poder alterar a política oficial, mais tarde "limitar as perdas", para finalmente chegar a uma situação na qual se havia esboroado até mesmo a esperança de poder negociar um melhor tratamento para os últimos empregados da comunidade. Esta situação, que se repetiu em todas as cidades - onde havia comunidades judaicas importantes, ilustra particularmente bem o encolhimento progressivo daquilo que é negociável, e também a diferença ínfima que às vezes separa a defesa do grupo e sua resistência da colaboração e do comprometimento. Seria tão espantoso assim que um historiador do nazismo tão eminente como Walter Laqueur tenha escolhido o gênero do romance para dar conta dessa situação inextricável?
Em face dessa lembrança traumatizante, o silêncio parece se impor a todos aqueles que querem evitar culpar as vítimas. E algumas vítimas, que compartilham essa mesma lembrança "comprometedora", preferem, elas também, guardar silêncio. Em lugar de se arriscar a um mal-entendido sobre uma questão tão grave, ou até mesmo de reforçar a consciência tranqüila e a propensão ao esquecimento dos antigos carrascos, não seria melhor se abster de falar?"
ah! é do Michael Pollak

Meu lado homem

Tem coisas que eu acho tão boas, tão fudidas de boas, que a única forma compatível de elogiar é xingando:
- que caralho de texto!
- que músico filho da puta!
- Porra! seu desgraçado!

(... e é elogio sim!)

9.8.07

Vale o quanto custa!

Acabo de descobrir porque maquiagem é tão cara: é que dura! Não me refiro à embalagem, no rosto mesmo... É um truque pra economizar um troquinho... Hoje, por exemplo, passei o dia inteiro com a maquiagem que passei ontem, pro happy hour (só precisei retocar o blush!).
Eis o segredo: não limpar o rosto! Afinal, esteticista o convênio paga...

4.8.07

pura poeira ao vento,
brilha luz à luz do sol,
e só, sol a sol
em brilho, e vento
pouco importa... vendo, invento!


(não sei se fui eu ou me pai quem escreveu. deve ter sido há muito tempo, achei no computador)

2.8.07

pronto

reaberta a temporada