23.12.08

23/12

aniversário da sá,
na época mais legal do ano
tinha que ser

1.12.08

acho que não ficou claro,

também faria todas as viagens aí em baixo sozinha

6.11.08

mais coisas bonitas

não sei se o adjetivo é bonito... mas ok

dançar juntinho
o China rebolando
o céu em cima da radial leste
a colcha que minha vó fez pra mim, pra sá e pra rê
com amor muito carinho - luis melodia
dia de chuva

29.10.08

com a cabeça de férias

Viagens que eu gostaria de fazer, e com quem:

Florianópolis com papai e mariley
Europa com mamãe (meu pai aqui gastaria muito!)
Nova Iorque com papai e mariley ou sozinha mesmo
Peru e Costa Rica
Venezuela e Colômbia com a Eliza ou com a Lú e a Maricota
Buenos Aires com a Lú e Maricota
Patagônia, com papai e mariley
Praia com amigos
Bolívia com a Sabina, o Fábio, minha mãe
Algum país frio
Santarém, a trabalho ou com a Marcela
Barreirinhas com família
Portel a trabalho
Barcelos a trabalho
São Gabriel da Cachoeira com a Eliza
Pras serras de Minas com amigos
Récife com a Lú ou com a Marcela, ou com a Jú e a Cris
São Luis com a Lú
Pro sertão
Chapada Diamantina ou com amigos
Nordeste on the road: Sá, Fábio
Cidades Históricas com mamãe
Boipeba
Índia
Tailândia
Tibet
Vietnã!!!
África (país indefinido) com alguém, sozinha não.
Portugal e Espanha
Alemanha
Rússia
Groenlândia

chega, será que uma vida basta pra tudo isto?

28.10.08

mais lista (os numeros vêm depois, perdi a conta)

chegando da trilha da Sumaca, a menina da flor no cabelo sentada no degrau
a luz do sol na Dr. Arnaldo (do dia que me dei conta que eu sabia amar)
o desenho das tartarugas que o Bruno me deu

23.10.08

Reflexão, bobices

o significado do presente não está no símbolo, o que importa é o gesto
Presente não dou pra quem ganha, é meu, é a lembrança:
as mangas que ganhei em PE, as sandálias que deixei com o jangadeiro, um brinco de inúmeros pares, o creme da Wilma, a faixa de chita que a Lau deveria ter levado... tudo está presente pela ausência.
Lembro de cada presente usado como uma paixão assinada, sentimento materializado.
o que é novo não faz falta para quem dá, não se lembra do que nunca se teve
Presente verdadeiro é sobra de si, que nem transbordar de gosto.

17.10.08

Estou atônita

com as tragédias recentes
quando eu era pequena todo mundo reclamava que os jornais só davam más notícias e eu achava que a solução seria simples: não passá-las! Mostrar só notícias boas, coisas que inspirassem outras pessoas a copiar, que alegrassem ao invés de entristecer.
Depois inventaram o gente que faz e outros programas do tipo...
Também cresci e aprendi que todos têm direito à informação.

Santa era minha ingenuidade, mas acho que ainda preferia que fosse do outro jeito.

8.10.08

lista de coisas bonitas #4

63) solidariedade sincera
64) carinho
65) orquídeas
66) o olho do meu pai
67) a sua força forçada
68) seu coração transbordante
69) o tom de voz da minha mãe
70) seu cabelo fininho
71) a Sula, o olhar e o toquinho de rabo abanando inquieto
72) ciúme(às vezes)
73) compreensão
74) artesanato
75) pintura corporal indigena
76) a tatuagem da julianne
77) a aparente alegria da marina
78) as florzinhas amarelas do chão (será que é sibipiruna?)
79) os peixes em cima do balcão da cozinha de casa
80) a arraia de madeira que eu dei pra minha mãe
81) os crochês da bisa
82) os tricôs e crochês da minha vó
83) minha festa de 15 anos (todo o preparo)

4.10.08

pelos becos do mundo

Hoje sonhei que morri de tiros, três pra ser mais precisa.
Andava à noite, no escuro e estacionei o carro. Atrás de mim parou um outro carro velho. Tinha uma sacada em cima e de lá vi um moço apontar uma arma grande pro carro de trás e atirar no motorista através do capô.
Olhos pra que te quero? Depois foi minha vez, tomei três tiros na cachola.
Não doeu, mas senti o mundo morrendo, a pilha acabando até cair no chão frio.
Acordei.

3.10.08

O carro

Caiu na minha mão no dia que minha irmã foi pra Angola: ela ia mas um pedacinho ficava comigo. Já de cara começou a "engasgar" na 23 e deu pano pra mais uma briga com a minha mãe. depois veio o licenciamento de 600 paus; mas valia: tinha ar condicionado rádio, cds, direção hidráulica, 4 portas e (!!) motor... tá... uma batidinha aqui e ali, mas nada que interferisse no meu deslocamento... até então.
"é às vezes tudo é lindo, às vezes tudo engana... maaaaaas..."
o tempo passou (pouco tempo passou) e os engasgos aumentaram... toda hora que parava num farol ele falhava... a primeira crise foi "braba", achei que ia ter que ir pra oficina... por pouco tempo, só até saber que a oficina mecanica custava 400 reais!!!
O carro esforçou-se mais um pouco e melhorou da crise, de vez em quando tinha uns ataques mas logo passava... aí achei um milagreiro que cobrava só 150 reais! maravilha, queria ver meu bebê bem, desta vez estava ao meu alcance... se ficou bem? O que você acha? claro que não!do jeito que foi voltou...
aí teve o fatídico show no villa lobos... e o trânsito dos infernos na marginal...
papai se compadeceu, investiu 700,00 em prol da minha segurança, que não adiantou nada, depois de um mês lá estava o teimoso morrendo de novo! Bravo, ele chegou a ser apreendido por excesso de velocidade em campinas e foi resgatado...
me salvou quando perdi minhas chaves no bueiro, me levando pra lá e pra cá... ajudou a dar uma boa carona pro sapo amedrontador que cismava em dividir o teto com a minha mãe... são tantas histórias que simnplesmente não consigo me desfazer dele... acho que vai levar muito tempo até que meus pés acelerem um motor que não seja 1.0 de novo...

18.9.08

outra lista de coisas bonitas

42) Suas poesias e outras reflexões expressas
43) Minha mãe se olhando no espelho
44) O pôr do sol hoje na Anhanguera, bem laranjão
45) O quase tom de voz da Fernanda Takai (no limite do silêncio)
46) As sacadas das poesias da Alice Ruiz
47) Meu corte de cabelo novo (mesmo tendo parecido assustador nos primeiros dias)
48) Ego: os cachos grandes do meu cabelo
49) (censurado)
50) O lacinho na cabeça da Mariley
51) O tom de voz da Sabina sorrindo
53) Aquela foto das crianças de Macajubal (os olhos das crianças)
54) O raminho de flores que eu comprei lá em Copacabana - "artesanía antiqua"
55) A minha vó, meu vô e suas brigas
56) O pesar da bisa quando fechou o caixão do biso (vergonha do meu comentário infame)
57) O olho da Cacau (eu já coloquei?)
58) O toquinho de rabo da Biriba abanando (saudade de você)
59) O "sorriso" que eu tirava forçado da Panda
60) As árvores que estão floridas agora (das flores amarelas com a ponta marrom, que parecem passarinhos)
61) O contorno da boca
62) Minha mãe

o tempo de pensar

Parei de escrever aqui por um tempão, mas não é que vida sossegou, pelo contrário... Acho que o que sossegou um pouco foi a inquietação; estou num emprego fixo, estável, namorando, estável, de bem com a família, estável... e era uma grande meta a alcançar, há alguns anos... mas hoje sinto falta de movimento.
Bom, mas hoje quis escrever de novo porque o tempo que eu páro de pensar no resto e boto as mãos no teclado pra escrever aqui é de pensar em mim, de olhar pros sentimentos. Agorinha eu estava relendo outros sentimentos escritos aqui e em outros cantos e me deu (?saudade?) (acho que sim) dos cantos bobos, chatos, inseguros, otimistas ou apaixonados que foram guardados aqui. Eu sei que não faz sentido para outras pessoas, mas mesmo que seja comigo mesmo de daqui alguns meses penso que vale a pena tentar a comunicação. Parar de postar também foi uma saída pra evitar a timidez... pelo menos acho que consegui espantar os leitores deste blog e era esta a idéia.

13.9.08

Lista de coisas bonitas 2:

22) Reflexo do céu no mar
23) Imagens distorcidas pelo calor
24) A impressão de harmonia que a Mata Atlântica dá
25) Milhões de lanternas até o horizonte, na marginal
26) A Mariley olhando pro meu pai
28) Cantinhos de bocas
29) Costas
30) Amigas alegres e enfeitadas por cangas coloridas
31) A pupila dinâmica rodeada de amarelo e os lábios rosadinhos da Cacau
32) Qualquer impulso incontrolável
33) Borboletas enormes sozinhas
34) Infinitas borboletas em festa pelo caminho
35) Solitárias e monstruosas libélulas de asas feitas de bolinha de sabão
36) Bolinhas de sabão
37) O Fábio olhando pra Sá
38) O olhar da Sá falando do Fábio
39) A expressão de orgulho/emoção do meu avô
40) Paixão a ponto de esquecer que o mundo existe
41) As noites amarelas, azuis e brancas, na janela do quarto, recortadas pelo roxo da parede

7.9.08

Lista de coisas bonitas:

1) Ipê amarelo florido no cerrado
2) Lenço colorido misturando com a poeira no vento
3) O ímpeto de sorriso que acompanha a lembrança de casa
4) Bromélia vermelha de flor branca
5) Jatobás, Aroeiras, "Piquizeiras", Timbi, Babaçús, Bacurís, Lixeiras, Muricis e todas os milhões de arranjos que elas fazem entre si.
6) Os Buritizais de Cruzeiro do Sul
7) Os rios no meio da floresta, que quando vistos de cima parecem veios de ouro escorrendo no carpete verde.
8) Aqueles cachos vermelhinhos de Buritis
9) Os cachos amarelos de buritis, da cor dos olhos da Maria.
10) Os olhos do menino de Ponte Alta do Tocantins
11) As bochechas das crianças da aldeia Santa Clara
12) O sorriso discreto do professor João Bosco
13) O carinho com que a D. Cida me ensinou milhões de remédios
14) Nuvens
15) Os olhos do meu pai segundinho antes de começar a encher de água
16) O traçado do batom nos lábios delicados da minha mãe, e a atenção com que ela o faz.
17) A câmera lenta do desabrochar de sorriso da minha mãe
18) O nariz do meu pai e da minha irmã
19) O desenho das unhas da minha mãe que parecem as florzinhas roxas e vivas no meio do cerradão marrom.
20) As alças dos baktés
21) Milhões de aves do caminho até São José do Couto, principalmente aquelas meio cinza-alaranjadas de bico comprido.

(vou parar pq me bateu saudade)

26.8.08

Em outros tempos eu escreveria, mas não hoje. Porque não hoje?

23.8.08

A idade

estava andando na rua com uma colega de 17 anos quando, de repente, uns gatinhos me chamaram de sogra.

=/

19.8.08

a arte de procrastinar

nunca imaginei que simples fontes rendessem tanto pano pra manga

11.8.08

Poesia

NO LO HABÍA MIRADO

No lo había mirado y nuestros pasos
sonaban juntos.

Nunca escuché su voz y mi voz iba
llenando el mundo.

Y hubo un día de sol y mi alegria
en mi no cupo.

Senti la angustia de cargar la nueva
soledad del crepúsculo.

Lo senti junto a mí, brazos ardiendo,
Limpio, sangrante, puro.

Y mi dolor, bajo la noche negra
entró en su corazón.

Y vamos juntos.

(Neruda, Pablo. Crepusculário. L&PM Pocket, pág. 100)

8.8.08

hoje:

o dia que eu quase ganhei um vectra.

4.8.08

eu me sastifo, né pai?

Faz tempo que eu quero postar mas andava com muita preguiça de escrever aqui... fiquei muito ocupada e depois a preguiça me pegou de jeito... mas, pra quê (quem) eu to dando satisfações? Não me importa... Agora só "precisava" escrever bobagens, ouvir bobagens, viver bobagens. A vida é foda, só queria dizer isto. Sei lá, às vezes me pego meio "esperando" que alguma coisa aconteça pra 'chacoalhar' o dia a dia, mas a gente nunca imagina desgraça. Aí um dia a própria vida cansa de não ser suficiente e resolve mostrar o tamanho do infinito. Não sei concluir... eu cresci e o oco do mundo cresceu muito mais que eu.

28.7.08

9.6.08

ctrl c + ctrl v

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas,
que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado,
para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa

5.6.08

pessoas imaginadas

Era engenheiro, morava em São Paulo.
Trabalhou muito, nunca casou.
Está em Barreirinhas, trabalhando como motorista.
Passa os dias a levar suprimentos para as escolas nos mais longínquos povoados.
Passa o tempo conversando, andando de barco, pescando, fazendo rafting, churrasco.
Já carregou para Barreirinhas dois de seus irmãos (o terceiro está saindo de um divórcio complicado, mas já tem data marcada para mudança).

3.6.08

musica no stress

Three little birds, sat on my window.
And they told me I don't need to worry.
Summer came like cinnamon
So sweet,
Little girls double-dutch on the concrete.

Maybe sometimes, we got it wrong, but it's alright
And nothing seems to change, and it all will stay the same.
Oh, don't you hesitate.

Girl, put your records on, tell me your favorite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Blue as the sky, sombre and lonely,
Sipping tea in the bar by the road side,
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you,
Gotta love that awful hairdo.

Maybe sometimes, we feel afraid, but it's alright
The more you stay the same, the more they seem to change.
Don't you think it's strange?

Girl, put your records on, tell me your favorite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Just more than I could take, pity for pity's sake
Some nights kept me awake, I thought that I was stronger
When you gonna realise, that you don't even have to try any longer.
Do what you want to.

Girl, put your records on, tell me your favorite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Girl, put your records on, tell me your favorite song
You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,
Just go ahead, let your hair down.

Oh, You're gonna find yourself somewhere, somehow.

22.5.08

ACHAVA QUE NÃO PODIA SER MAGOADA

Achava que não podia ser magoada;
achava que com certeza era
imune ao sofrimento —
imune às dores do espírito
ou à agonia.

Meu mundo tinha o calor do sol de abril
Meus pensamentos, salpicados de verde e ouro.

Minha alma em êxtase, ainda assim
conheceu a dor suave e aguda que só o prazer
pode conter.

Minha alma planava sobre as gaivotas
que, ofegantes, tão alto se lançando,
lá no topo pareciam roçar suas asas
farfalhantes no teto azul
do céu.

(Como é frágil o coração humano —
um latejar, um frêmito —
um frágil, luzente instrumento
de cristal que chora
ou canta.)

Então de súbito meu mundo escureceu
E as trevas encobriram minha alegria.
Restou uma ausência triste e doída
Onde mãos sem cuidado tocaram
e destruíram

minha teia prateada de felicidade.
As mãos estacaram, atônitas.
Mãos que me amavam, choraram ao ver
os destroços do meu firma-
mento.

(Como é frágil o coração humano —
espelhado poço de pensamentos.
Tão profundo e trêmulo instrumento
de vidro, que canta
ou chora.)

(Sylvia Plath - tradução de Mônica Magnani Monte)

minhas janelas estão sujas
(olhos nublados que não vêem)
apago a luz
aparece um coração riscado à mão
tantos detalhes esquecidos...
este, o vidro guardou
fecho os olhos, respiro, e durmo

quem escreveu isto?

fazendo faxina no computador.


Vez em vez eu acho que to chegando perto, tenho a impressão de que vou poder olhar com tranqüilidade, ver com serenidade o que ficou pra trás. Parece que o muro é só uma porteira que guarda o mundo. Que não há esconderijo pra lá.

Eu penso assim, mas logo recomeça a descida, e eu vejo que a distancia é maior que a vida, mas sei que o caminho é continuar pra frente. Vejo cidadezinhas passando, gente passando, rios. E penso que há morros de distancia existe uma terra minha, onde eu me acalmo, e que a correnteza nem é tão brava assim... quase que eu me animo, quase que a caminhada pára de ser penosa, quase... Vez em quando eu sei que o carinho é, mas desacredito, confio mais nos tapas – mais sinceros, mais sentidos.

21.5.08

já postei

sopro

Quando eu te conheci você tinha vento nos cabelos.
Aos poucos, meus dedos preencheram o espaço do vento,
não são leves, mas acariciam.
E agora, como você faz pra voar?

18.4.08

Pudesse voltar no tempo, voltaria 24 horas, só para rever o exato momento do seu maravilhamento.

9.4.08

republicando... (com alterações)

Finalmente, as coisas parecem ir se acalmando... fui longe, longe encontrar comigo, e me achei aqui mesmo. Não me enganei, minhas certezas é que desconfiam da verdade.:certas sim, ainda que no esquecimento.
Fique, me espere, sempre volto. Se parto, te afasto, me escondo, mudo, finjo; é por que te quero perto - não dentro, dentro é meu. Sim, sinto saudade, sinto falta, sinto quero!
Exercito o desapego, e o aperto no coração. Tenho fé nos acertos do tempo, mas não fique longe, não se esqueça de mim. Sorria pra mim todas as noites, e nas manhãs quando quiser. Farei o mesmo - assim mais juntos, mais sempre.
O abraço que te dou na memória, chega a ser mais apertado; nele permito sentir: te adoro.
Peço de novo, não se afaste. é minha oração egoísta, mas basta você saber, basta você sentir.

8.4.08

quando o mau humor ataca

Na loja:
Quero ver este óculos e aquele.
hm... não sei... posso provar aquele outro?
hm droga, gostei de todos... e agora?
já sei! e aquele lá, posso ver?
ai.. tô em dúvida, vou pensar melhor... por enquanto não vou levar nenhum, obrigada.

No café:
Boa noite, em que posso ajudar?
Quero um café expresso, quanto é?
Um café expresso sai por R$2,00, senhora.
(senhora o caralho) Nossa, que caro! Acho que não quero mais, obrigada.

No trânsito:
9:20 - rádio 1
9:21 - rádio 2
9:23 - rádio 3
9:23 - rádio 4
9:24 - rádios 5 e 6
9:25 - rádio 1
9:25 - rádios 2 e 3
9:26 - rádio 4
9:26 - rádio 5
9:27 - cigarro

7.4.08

o mundo é mais ou menos assim:

A: Tô grávida!
O: Sério?! Que da hora!!! Vai ser HOMEM ou menina?

4.4.08

reconciliação

(que toda esta tolice, sempre resulte em sem vergonhice)

inspiração

“Caro professor”

Eu sou um sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum ser humano deveria testemunhar.

.Câmara de gás construídas por engenheiros ilustres
.Crianças envenenadas por médicos altamente especializados
.Recém-nascidos mortos por enfermeiras diplomadas
.Mulheres e bebês assassinados e queimados por gente formada em ginásio, colégio e Universidade.
Por isso, caro professor eu duvido da educação.

E eu lhe formulo um pedido:

Ajude seus estudantes a se tornarem humanos. Seu esforço, professor, nunca deve produzir monstros eruditos e cultos, psicopatas e Eichmans educados.

Ler e escrever aritmética são importantes somente se servirem a tornar nossas crianças seres mais humanos.

(carta deixada por Janusz Korczak, fonte: http://www.ajkb.org.br/artigos/1.html)

3.4.08

bons tempos

voar
sentir o vento rasgando o rosto
de dentro pra fora

2.4.08

Nas idas e vindas

Tenho a impressão de que tudo está exatamente igual, menos eu. E que o tempo tá de brincadeira, passando desigual, ora um dia é um dia, ora um dia é um mês inteiro.
Me dá muito medo pensar que as pessoas não mudam e se fazem cegas pras mudanças lhes batendo na cara... Resistir à mudança é ficar pra trás, mudar é evoluir. O que você quer pra você?

19.3.08

coisas estranhas que já aconteceram comigo

Quais as chances de perder um documento (ou similar) no meio da cidade de São Paulo e um conhecido encontrar?

Quais as chances de chegar atrasada na sessão de cinema e sentar bem ao lado da pessoa que eu estava indo encontrar?

Quais as chances de ligar para alguém, no Pará, deixar recado; em seguida ligar para uma amiga e ouvir que a Conci, de Alter do Chão errou o número do meu escritório e retornou a minha ligação na casa dela (elas não se conhecem!)?

a saudade mata a gente

A saudade é um fio invisível que estica quando dois corpos se afastam. Pode ser medida em metro

(Estou com mais de mil quilômetros de saudade)

A saudade é sonora, quanto mais os corpos se afastam, mais esticado é o fio e quanto mais esticado, mais aguda é a nota

Uma pessoa pode ter muitas saudades, cada saudade fica presa numa parte do corpo

É importante é afinar bem todas as saudades, se um dos fios afrouxa, tudo desafina.

(Eu tenho saudade saindo da mão, do pé, cabeça, barriga, coração, boca, ouvidos...)

A saudade é uma fome gigante que come as pessoas vivas,

Saudade me engole

Nação Zumbi - Prato De Flores


Mais perto da essência
O Sentido respira
Mas nem sempre o ar mais puro se tem
Mais perto da essência
O sentido respira
Consumido no perfume que vem
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim
Que vai florir
Quando os espinhos lançarem as dores
Do cheiro forte do jardim que não tem fim
Que não tem fim
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E os espinhos são pra quem pensa em enganar a flor
A beleza rédia prosa da dor
E o seu umbigo ainda em flor
Vai mexer com o tempo vai matar a dor denovo
Eu vou lhe dar um prato de flores
E no seu ventre vou fazer o meu jardim

17.3.08

Fly me to the moon

Hoje foi um dia de romance, não sei de onde veio nem porque, fato é que foi.
Um dia chuvoso e cheio de trabalho, mas leve de paixão... ê vida boa!

Fiquei com vontade de escrever qualquer coisa, sentei aqui e me deu branco. Ano retrasado eu trabalhava no sesc e escrevia. E era louquinha; será que é por isto que não consigo mais escrever, fiquei mais normal, menos word mais excel? ai, que medo de mim assim!

Chico Buarque e Edu Lobo

"Há de haver um lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não"

24.2.08

fases

tem horas que só quero grudar, não vir mais embora
tem outras que não quero e ponto
na memória só consigo guardar alegrias (que são tantas)
mesmo de longe seu sorriso parece palpável
e ontem, quase no escuro, você sorriu
esperou escurecer pra então iluminar:
sorriso lua crescente

16.2.08

A paixão segundo G.H.

"Com deus a gente também pode abrir caminho pela violência.
Ele mesmo quando precisa mais especialmente de um de nós, ele nos escolhe e nos violenta."

12.2.08

o Acre

tem cheiro de Rondônia.

10.2.08

delicado, Isabel Allende

"Não se deve desejar a morte,
a morte vai vir, independente do resto...
não é isto o que importa,
vc deve lutar para viver
A vida é um milagre!"

(tradução do filme, não tenho o livro, nem imagino como é o texto...)

6.2.08

poesia

não gosto de papel em branco,
não gosto do blog,
de algumas pessoas, não gosto
não gosto de sentir vazio,
de viagem em cima da hora,
da morte,
de tudo o que não posso, não gosto

não posso acordar meio dia? não gosto...
fim de carnaval? não gosto
já é quarta feira de cinzas, não gosto
e ano que vem, aposto, mesma fria.
_________________
O telefone não tocou,
Não li declaração de amor
Não juntei sequer duas linhas,
Não pude ensaiar alegria
Passou tanto,
Poesia
________________
Pudera virar do avesso,
as coisas que eu não gosto pra fora
dentro ia ficar você mesmo
e a mania de corrigir ia embora

2.2.08

Gafes

É de família, veja só:

Meu pai vai visitar um amigo no hospital, enfizema pulmonar, cada suspiro era um parto... ele sai do hospital assustado..
Uma semana depois ele volta, o doente quase não respira mais, quilos mais magro, não fala uma palavra... a esposa do doente pergunta, no quarto, "você não acha que ele está bem melhor?"
Meu pai, assustado, (branco!) :
- Não! ele tá beeeeeeeem pior!!!!

depois vai no enterro, bêbado e desligado, chega pra (mesma) viúva:
- parabéns!... é preferível assim do que ficar sofrendo...

Tal pai, tal filha:
Morre meu bisavô, todo mundo triste, chega a hora de fechar o caixão. Minha bisavó vai se despedir do marido, que viveu junto por 70 anos:
- Véio... (lágrimas), véio... (pega na mão dele) véio... passamos tanta coisa juntos, brigada... te amo, véio.... Adeus....

A bisneta (eu), com o coração partido, pensando no tempo eterno... na duração da eternidade... na efemeridade que é a vida, querendo consolar a bisavó:
- Bisa, que é isto? não é adeus, é até logo!

E o genro chega no mesmo velório de vermelho: "Para animar a festa!"
mesma família, o desligado, vai numa festa com a mesma roupa: "Pô! Você só tem esta roupa?"

16.1.08

lembranças da Bolívia

Vou sentir saudades das gentes de viagem, estas que a gente nossa mesmo encontra quando resolve se perder no mundo. Uns loucos, desprendidos, encontrados no mundo... outros carinhosos, acolhedores, amigos. Melhores amigos por 2 ou 3 horas. Companheiros de caminho, do caminho até ali... do caminho de volta. Portos de descanso onde se fala a mesma lingua, carregam os mesmos gestos, levantam a mesma bandeira. Sempre lembro, e como é legal identificar em plena babel sonora alguma risada brasileira, qualquer sorriso tímido, alguma petulância com tempero "brazuca..."
Cursos intensivos de língua estrangera (a japonesa que toda manhã entrava na cozinha do albergue dizendo "buenas noches", o pervertur, "la concha de tú hermana, tu hijo de púta", os gritos de "bebuna!", "mamita, leva-te", "queda-te!")
Lembranças de pessoas que, talvez, nunca mais veja, nunca mais fale, nunca mais lembre; mas que agora contribuiram para que a viagem fosse especial, pra me encontrar em cada olhar e foram fundamentais pra me ensinar a olhar pra dentro.
Gente com esperança, que sabe esperar pelo desconhecido, cada dia uma descoberta junto, cada noite um suspense nascendo... Dicas, furadas, troca... sempre ajuda o que vem desta gente, gente boa no mundo... gente como a gente

1.1.08