Vou sentir saudades das gentes de viagem, estas que a gente nossa mesmo encontra quando resolve se perder no mundo. Uns loucos, desprendidos, encontrados no mundo... outros carinhosos, acolhedores, amigos. Melhores amigos por 2 ou 3 horas. Companheiros de caminho, do caminho até ali... do caminho de volta. Portos de descanso onde se fala a mesma lingua, carregam os mesmos gestos, levantam a mesma bandeira. Sempre lembro, e como é legal identificar em plena babel sonora alguma risada brasileira, qualquer sorriso tímido, alguma petulância com tempero "brazuca..."
Cursos intensivos de língua estrangera (a japonesa que toda manhã entrava na cozinha do albergue dizendo "buenas noches", o pervertur, "la concha de tú hermana, tu hijo de púta", os gritos de "bebuna!", "mamita, leva-te", "queda-te!")
Lembranças de pessoas que, talvez, nunca mais veja, nunca mais fale, nunca mais lembre; mas que agora contribuiram para que a viagem fosse especial, pra me encontrar em cada olhar e foram fundamentais pra me ensinar a olhar pra dentro.
Gente com esperança, que sabe esperar pelo desconhecido, cada dia uma descoberta junto, cada noite um suspense nascendo... Dicas, furadas, troca... sempre ajuda o que vem desta gente, gente boa no mundo... gente como a gente
16.1.08
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