28.10.06

arquitetando os fracassos, para que cresçam nesse chão de pedra.

Me dê um só grão de areia, que eu sou capaz de imaginar sua localização exata, nas paredes do meu castelo de lembranças. O castelo é meu e de mais ninguém. É lá que eu vivo solitária, e passo triste os fins de tarde. Ouvindo o eco dos olhares no jardim (olhares secos, jardim seco). Foi erguido com a matéria fluida das ilusões, que resistem às tempestades de mágoas e abandonos, nada o impede de desmoronar. O que vem lá é vento ou ventania?

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